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quinta-feira, 20 de março de 2014

silencio necessário

Silêncio Necessário

O silêncio faz grande falta na civilização contemporânea.

Fala-se em demasia, e, por conseguinte, fala-se do que se não deve, se não sabe, não convém, apenas pelo hábito de falar.
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Na falta de um assunto edificante, ou com indiferença para com ele, utilizam-se de temas negativos, prejudiciais ou sórdidos, envilecendo a própria alma, enxovalhando o próximo e consumindo-se energias valiosas.

Há uma preocupação muito excessiva em falar, opinar, mesmo quando se desconhece a questão.

Parece de bom-tom a postura de referir-se a tudo, de tudo estar a par.

Aumenta, assim, a maledicência, confundem-se as opiniões, entorpecem-se os conteúdos morais das palavras.

Se cada pessoa falasse apenas o necessário e no momento oportuno, haveria um salutar silêncio na Terra.

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Faze silêncio diante de observações pejorativas, de assuntos prejudiciais, matando, ao surgir, a informação malsã.

Quando te tragam opiniões infelizes, reclamações, queixas que põem mal diante de ti o ausente, seja ele quem for, não te deixes contaminar pelo morbo da palavra insensata.

Há pessoas que se autonomeiam fiscais do próximo e não se detêm a examinar a conduta, deste modo, reprochável.

Raramente, falam bem, referem-se ao lado bom das pessoas e dos acontecimentos.

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Porque não era visível a antiga face oculta da lua, isto dava margem às mais variadas conjecturas, sempre exageradas, fantasistas.

Todas as pessoas possuem o seu lado oculto, certamente negativo em umas, quanto admirável noutras.

A observação sob alta dose de má vontade, apenas vê o que quer e fala o de que gosta.

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Não opines mal a respeito de ninguém, mesmo que o outro mereça.

Tampouco, te deixes emaranhar pelos que falam mal do próximo. Eles terminarão por submeter-te à opinião que lhes apraz, armando-te contra aqueles com quem não simpatizam.

Falar bem ou mal é um hábito.

Quando as referências são acusadoras, levam a alma da vítima à morte, porém suicida-se também, aquele que sempre aponta o erro.

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Usa o silêncio necessário.

Não a mudez caprichosa, vingadora. Mas a discreta atitude de quietação e respeito.

O silêncio faz bem àquele que o conserva.

Jesus calou muito mais do que falou. Os Seus silêncios sábios são o atestado mais expressivo do Seu amor pela humanidade.

Pensa nEle, quando chamado a falar intensamente e imita-O.

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL. 1988.
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